Todas essas fotografias foram tiradas após a ocorrência de uma enchente que aterrorizou o Rio Grande do Sul. O objetivo dessas visitas registradas por Renan Lemos era realizar um levantamento de dados e apoiando áreas periféricas através do trabalho realizado pela SEIDAPE (Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade) conduzida por Lisiane Lemos (ex-Google, ex-Microsoft) junto da Chefe de Gabinete Cristina Viana e com Marcelo, Greicy, Camila, Tracy e Nadiele.
Notícias sobre:
1. Um ano da enchente no RS: o desastre, o enfrentamento e o futuro - A Hora do Sul
4. Boletins sobre o impacto das chuvas no RS - Portal do Estado do Rio Grande do Sul
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Esse é o resultado de uma série de visitas feitas após a enchente que ocorreu no estado do Rio Grande do Sul no em abril e maio do ano de 2024 pela SEIDAPE (Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade) liderada por Lisiane Lemos com o suporte da Chefe de Gabinete Cristina Viana e com uma equipe formada por Marcelo, Camila, Greicy e Tracy. O objetivo dessas imagens foi registrar o que ocorreu no contato com os quilombos, comigo enquanto voluntário registrando o que acontecia.
Essa enchente impactou o estado e foi televisionada e divulgada pela mídia web. Foi um catástrofe que aterrorizou desde as maiores cidades do estado, como a Capital até as menores, do norte até o Sul. Pude presenciar o recebimento de insumos e perceber que foi feita uma força tarefa que reunia grandes meios (como empresas) e pessoas de outros estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo.
O objetivo dessas visitas era captar dados e tomar decisões estratégicas acerca de ajuda e suporte. Pessoas foram convidadas a colaborarem na visita com o seu conhecimento e eu, dentro do possível, busquei documentar em imagens o que era decidido e conversado nesses dias 21, 27 e 29 de maio do ano de 2024. Nessa época ainda se lutava por melhores condições em diversas partes do estado, haviam partes que estavam cheias de lama, casas e lojas destruídas. Atualmente, a situação se encontra melhor com as estradas reformadas e pessoas voltando para suas casas ou morando em outras pela situação de correr risco novamente.



As primeiras visitas ocorreram no Quilombo dos Machado. Fomos presencialmente no local durante 3 dias. Ocorreram muitas conversas entre as pessoas que se faziam presentes em todos. No primeiro dia foram 4 pessoas visitando o local, na segunda já foi uma equipe maior pela intenção de uma reforma, enquanto na última fomos apressados, permanecendo no lugar por pouco tempo. O líder desse quilombo nos explicou toda a situação e expôs como a comunidade vivia com seus altos e baixos. Na época da visita eles ainda estavam se organizando e recebendo suporte externo, com insumos chegando inclusive de caminhão (e de fora do estado). Várias anotações e detalhes foram percebidos pelas pessoas que se fizeram presentes, incluindo eu enquanto fotógrafo que estava conhecendo um novo espaço dentro da capital do estado o qual resido.



O segundo quilombo é nomeado como Mocambo, o primeiro que observamos localizado entre as várias construções da cidade de Porto Alegre. Era um pequeno espaço onde viveram e sobreviveram muitas histórias. Fomos recepcionados por duas pessoas responsáveis por diversas atividades feitas em nome do quilombo entre documentação e busca de suporte. Haviam alguns chalés e construções que eram mostradas por estas duas senhoras que logo dialogaram com o SEIDAPE e com mais duas pessoas que estavam no estado do Rio Grande do Sul apenas para dar suporte, limpando casas, entre outras coisas. Essa era a segunda visita que ocorreu no terceiro dia, onde comparecemos com o tempo limitado nesse espaço e em outros três, Lemos, Kédi e como falei no início, dos Machado novamente.

E no mesmo dia, visitamos os outros espaços. Foi emocionante conhecer outras partes da cidade de Porto Alegre. O Quilombo Lemos ficara localizado na frente de um grande estádio de futebol de um dos maiores clubes do estado, o Sport Club Internacional. Na frente tinha uma garagem e depois de entrar nessa garagem, teríamos de subir mais alguns degraus para conversarmos onde estavam localizadas as moradias. O líder do local falou sobre os embates que os próprios tiveram de viver para se manter naquela localidade. Logo após, fomos ao último quilombo que teríamos de conhecer, o Kédi. Entrei com uma impressão e saí com outra. Era um quilombo localizado entre prédios muito luxuosos e possuía uma grande extensão. Lá moravam muitas pessoas e era bem movimentado. Havia som alto e várias pessoas caminhando no local nesse pós enchente. Antes de explorarmos esse local conversamos com moradoras que momentos antes de chegarmos, cozinhavam para distribuir o que era servido a população que naquele local morava.



No fim, tudo valeu a pena, ontem, hoje e sempre. Conheci novas pessoas, fiz novos contatos e conheci lugares que talvez muitas pessoas não tenham acesso. Agradeço muito pelo que a fotografia pôde me conceder nesse pós enchente. Aprendi muito nesse período no ano passado, tanto que lembro das notícias e acontecimentos até agora, 1 ano e alguns dias depois de tudo acontecer.
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Foram 3 dias no total para visitarmos conhecermos e investigarmos o que realmente acontecia nesses quilombos de Porto Alegre. Andamos, conversamos e fizemos o possível para que tudo fosse resolvido pela nossa equipe. Tentativas, diálogos, acordos, tudo for a realmente tentado para que ocorressem atividades para o suporte dessas áreas que não são vistas pela ampla mídia. Essas visitas ocorreram nos dias 21, 27 e 29 de maio do ano de 2024.